Paralisação de motoristas e cobradores de ônibus provoca o maior congestionamento de 2025 em São Paulo
09/12/2025
(Foto: Reprodução) Uma paralisação de motoristas e cobradores de ônibus no fim da tarde provocou o maior congestionamento de 2025 em São Paulo.
Plataformas de várias regiões da cidade ficaram lotadas.
“Já vem cansada, doida para chegar em casa, tomar um banho, comer. Vai fazer o quê?”, pergunta Rose do Nascimento Rodrigues.
Em um dos maiores terminais do Centro, poucos ônibus circulando em pleno horário de pico. Pegos de surpresa, os passageiros não sabiam o que fazer.
“Tem ônibus que estão parados no meio do caminho”, diz a corretora Ana Clara Oliveira.
O sindicato dos motoristas informou que determinou a paralisação porque as empresas de ônibus comunicaram que não iam cumprir o acordo de pagamento das duas parcelas do 13º salário até sexta-feira (12). Segundo a Prefeitura de São Paulo, a paralisação afetou 3,3 milhões de passageiros.
Paralisação de motoristas e cobradores de ônibus provoca o maior congestionamento de 2025 em São Paulo
Jornal Nacional/ Reprodução
Com tanta gente buscando transporte por aplicativo, o preço da corrida disparou. O sindicato das empresas de transporte coletivo informou que as empresas não estão poupando esforços para honrar as obrigações trabalhistas, solicitando um maior prazo para o pagamento do 13º salário.
A prefeitura informou que os repasses às empresas de ônibus estão em dia; que o pagamento do 13º é de responsabilidade das concessionárias; e que registrou um boletim de ocorrência contra as empresas.
A paralisação repentina, em um dia de muita chuva, no final de ano, afetou praticamente toda a cidade. Na volta para casa, além dos pontos de ônibus lotados, a população teve que enfrentar um nó no trânsito. No começo da noite, ele já batia recorde: mais de 1.370 km de congestionamento nas principais vias da cidade.
“Eu fiquei uma hora tentando entrar na Estação Sé, não consegui nem passar na catraca, superlotado. Não sei, não tem o que fazer. Infelizmente, na maior cidade da América Latina, o paulistano trabalhador não tem pelo menos o direito de voltar para casa”, lamenta um homem.
