PMs presos vazavam informações para a cúpula da facção, diz PF

  • 09/12/2025
(Foto: Reprodução)
PMs são presos sob suspeita de serem informantes do Comanda Vermelho Os dois policiais militares presos pela Polícia Federal nesta segunda-feira (8) eram suspeitos de vazar operações para a cúpula da facção criminosa Comando Vermelho. Os PMs Rodolfo Henrique da Rosa e Luciano da Costa Ramos Junior eram lotados no Batalhão de Operações Especiais (Bope) e no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, respectivamente. De acordo com investigações da Polícia Federal, a dupla tinha contato direto com três traficantes da confiança de Edgar Alves de Andrade, o Doca, maior chefe em liberdade do CV. São eles: Elbert Luiz dos Santos, o Pinduca; Carlos da Costa Neves, o Gadernal; Manoel Cinquine Pereira, o Paulista; As investigações revelam que eles recebiam as mensagens dos policiais e repassavam a Doca. Ou quando Doca queria saber se haveria alguma operação nos complexos da Penha e do Alemão ele falava para que entrassem em contato com os policiais. Rodolfo Henrique da Rosa e Luciano da Costa Ramos Junior Reprodução No Batalhão de Operações Especiais (Bope), a unidade de elite da Polícia Militar, o contato era o sargento Rodolfo Henrique da Rosa. Para a PF, "Da Rosa", como era chamado, se tornou um "dos principais informantes da facção". Ele era lotado no setor que cuidava da logística dos policiais durante as operações. Ao saber onde ocorreria as ações da unidade, ele vendia as informações aos traficantes. Segundo a investigação, Da Rosa se comunicava com Gadernal, homem responsável pelo operacional do Comando Vermelho, ou seja, na execução de rivais e na invasão de territórios pela facção. Gadernal tem contato direto com Doca, chefe da quadrilha. No período investigado, o policial do Bope teria vazado, pelo menos, duas operações nos complexos da Penha e do Alemão. Em uma delas, em janeiro de 2024, a PM tentou surpreender os criminosos na região da Vacaria, no alto do Complexo da Penha. Traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca Reprodução Nesta manhã de segunda-feira (8), policiais federais e da Corregedoria da PM estiveram na casa de Da Rosa para prendê-lo. Ele tentou fugir ao perceber o cerco policial. O sargento do Bope saiu do prédio em que mora, no bairro Cosmorama, em Mesquita, num carro blindado. Ele bateu em outra viatura na Polícia Federal na porta de casa. O policial foi perseguido por 14 quilômetros até ser alcançado e preso na Avenida Brasil, na altura de Parada de Lucas. Além do Bope, as investigações mostram que o Comando Vermelho contava com um informante que prestava serviços ao Tribunal de Justiça do Rio. De acordo com a PF, o também sargento Luciano da Costa Ramos Júnior repassava ao núcleo da facção informações que ele atribuía conseguir com outra fonte do Bope, ainda não identificada. O contato do policial era com o traficante Elbert Luiz dos Santos, o Pinduca. Luciano Ramos trabalhou por oito anos no Tribunal de Justiça e durante as investigações estava em apoio ao Tribunal do Júri. TH Joias As investigações mostram que os dois policiais não eram os únicos informantes da cúpula do Comando Vermelho. As conversas obtidas pela PF mostram que uma grande operação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, em 2024, foi vazada tanto pelo sargento Da Rosa, quanto pelo núcleo do ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, e do traficante Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão. Eles são investigados em outra operação. Essa ação que foi vazada contou com 350 policiais e não conseguiu prender ninguém. Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, é apontado como um dos chefes do Comando Vermelho Reprodução/ TV Globo Na ocasião, várias ruas foram fechadas com trilhos de trem usados como barricadas. Na operação desta segunda, foram expedidos mandados pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro. Foram expedidos 11 mandados de prisão. Foram presos, os sargentos da PM e já estava preso Thiago do Nascimento Mendes, o Belão. O criminoso foi preso durante a operação nos complexos do Alemão e da Penha, em 28 de outubro, quando 122 pessoas morreram. Continuam foragidos os traficantes: Edgar Alves de Andrade, o Doca; Elbert Luiz dos Santos, o Pinduca; Carlos da Costa Neves, o Gadernal; Washington Cesar Braga da Silva, o Grande; Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW; Manoel Cinquine Pereira, o Paulista, e Dalton Luiz Vieira Santana, o DT; Luiz Carlos da Silva Raimundo, responsável por levar a propina ao policial do Bope. O que dizem os citados As defesas dos policiais Da Rosa e Ramos não tinham se cadastrado no processo até a tarde desta segunda-feira (8). Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou "que a Corregedoria Geral da Corporação acompanha, desde as primeiras horas desta segunda-feira (08/12), a Operação Tredo, deflagrada pela Polícia Federal e ainda em andamento, que até o momento resultou na prisão de dois policiais militares. A ação também conta com apoio operacional do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Paralelamente, a Corporação instaurou procedimento apuratório interno, por meio da Corregedoria, para aprofundar as investigações administrativas e adotar as medidas disciplinares cabíveis. A Polícia Militar reforça que atua de forma firme e transparente no combate a desvios individuais, colaborando integralmente com os órgãos de investigação e mantendo seu compromisso com a ética, a legalidade e a proteção da sociedade fluminense". Já o Tribunal de Justiça do Rio informou que "o sargento L Ramos era lotado no 5⁠º BPM (Harmonia) e que quando ia ao tribunal estava sempre fardado e sem acesso a qualquer ato administrativo".

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/09/pms-presos-vazavam-informacoes-para-a-cupula-da-faccao-diz-pf.ghtml


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