Advogada e PMs são denunciados por agiotagem, extorsão e tortura
18/12/2025
(Foto: Reprodução) Advogada presa em operação por envolvimento em esquema de agiotagem ora sobre dinheiro
A advogada e os policiais militares investigados na Operação Mão de Ferro foram denunciados por agiotagem, extorsão e tortura pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Ao todo, nove pessoas foram denunciadas por suspeita de integrar organização criminosa que agia em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
O g1 entrou em contato com as defesas dos envolvidos na operação e pediu um posicionamento a respeito da denúncia, mas até a última atualização desta matéria não houve retorno.
Segundo o MP, com o grupo foram apreendidas armas de fogo, munições de diversos calibres (inclusive de uso restrito), celulares e documentos, além de vídeos que mostram a atuação violenta do bando.
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Segundo as investigações, o grupo agia desde 2023 emprestando dinheiro e cobrando juros muito altos ao mês. Os devedores eram submetidos a ameaças, agressões, sequestros e sessões de tortura. Eles usavam, ainda, contas de terceiros e empresas de fachada para ocultar os valores.
De acordo com o MP, os suspeitos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa armada, com agravantes por liderança e emprego de armas; extorsão majorada; tortura com imposição de intenso sofrimento físico e psicológico; agiotagem mediante cobrança de juros abusivos e ilegais; lavagem de dinheiro; e posse, porte e comércio ilegal de armas e munições, inclusive de uso restrito.
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Entenda o caso
A Operação “Mão de Ferro” foi realizada pela Polícia Militar de Goiás em novembro e cumpriu mais de 10 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão. Segundo a polícia, foram alvos da operação o líder da quadrilha, financiadores e executores das cobranças violentas. Uma advogada atuava na “blindagem jurídica” do grupo e participava das cobranças contra as vítimas.
A advogada, policiais militares e empresários foram presos suspeitos de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, a organização movimentou, em dois anos, mais de R$ 7 milhões, oferecendo empréstimos com juros abusivos e utilizando métodos violentos de cobrança.
Casal de sargento e advogada é alvo de operação da Polícia Civil, em Goiás
Reprodução/Instagram de Mike Póvoa e Tatiane Meireles
Cobrança violenta
As investigações apontam que o grupo agia de forma violenta e organizada. Às autoridades, testemunhas relataram ter sido intimidadas com uso de armas, ameaças e até agressões físicas. As vítimas contaram que viviam com medo constante e sofriam pressão psicológica.
Vítimas de esquema de agiotagem são torturadas em vídeo
Vídeos obtidos pela TV Anhanguera mostram o sargento Herbert Francisco Póvoa, conhecido como Mike Póvoa, e a sua esposa, a advogada Tatiane Meireles, ameaçando e agredindo um homem com um taco de beisebol (veja acima). “Você vai ver como funciona em Goiás”, afirmou o militar na filmagem.
Casal gostava de ostentar armas na internet; à dir., o sargento Póvoa aparece ameaçando um colombiano
Reprodução/ TV Anhanguera
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