Eleições 2026 no DF: PT e PSB estudam aliança e podem formar chapa única para o governo
09/11/2025
(Foto: Reprodução) Ricardo Cappelli e Leandro Grass são pré-candidatos ao GDF pelo PSB e PT, respectivamente
Reprodução
Embora já tenham anunciado seus "pré-candidatos" na disputa para o governo do Distrito Federal em 2026, PT e PSB não descartam a possibilidade de uma aliança para as eleições do próximo ano.
As duas legendas, hoje aliadas na oposição ao governador Ibaneis Rocha, já anunciaram Leandro Grass (PT) e Ricardo Cappelli (PSB) como pré-candidatos ao Palácio do Buriti.
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O g1 apurou, no entanto, que não está descartada a possibilidade de uma chapa unificada.
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"Algo que está claro é que para termos uma candidatura competitiva, precisamos nos aliar a outros partidos, inclusive de centro. O mais importante é mantermos o diálogo para construir uma candidatura e um caminho único para as eleições", declarou ao g1 o presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias.
Se confirmada, uma chapa PT-PSB (ou PSB-PT) repetiria a dobradinha representada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) no Palácio do Planalto.
Esse "espelhamento" entre a provável chapa de reeleição Lula-Alckmin e uma eventual aliança dos mesmos partidos no cenário distrital também é um fator considerado pelos dirigentes. Lula já se anunciou pré-candidato ao quarto mandato.
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Articulação em andamento
Ouvidos pelo g1, dirigentes dos dois partidos já veem quase "como certa" a aliança política para as eleições do DF em 2026.
Neste momento, no entanto, nenhuma das siglas admite publicamente a possibilidade de que Leandro Grass e Ricardo Cappelli assumam uma candidatura a vice-governador, por exemplo. Essa decisão, se for tomada, deve ficar para o ano que vem.
Em tese, ao apoiarem um único nome para o governo do Distrito Federal, as siglas unem forças contra a chapa de centro-direita – que já está "fechada" e tem o apoio do atual governador, Ibaneis Rocha (MDB).
Na avaliação do presidente do PT-DF, Guilherme Sigmaringa, uma aliança teria o poder de impulsionar e dar "sustentabilidade" à eventual reeleição de Lula.
"Precisamos [para as eleições] de uma coisa única. Lança uma candidatura só e acomoda todo mundo, até porque são dois quadros nessa conjuntura que têm uma aptidão muito grande de colaborar aonde quer que eles estejam. A questão é como posicionar as peças de xadrez", diz Sigmaringa.
Os efeitos positivos de tal estratégia também são reconhecidos pelo PSB, bem como por Grass e Cappelli. As legendas, contudo, ainda não têm um consenso sobre quem seria o "cabeça de chapa" nesta candidatura.
Partidos querem união do campo progressista no DF para fortalecer eleições para Lula em 2026
Mauro Pimentel/AFP
Ninguém quer ser vice
Faltando onze meses para o primeiro turno, PT e PSB declaram que ainda é cedo para resolver a pergunta central: nessa chapa única, quem seria governador e quem seria vice?
Nos bastidores, os grupos tentam posicionar seus pré-candidatos como os mais aptos a "encabeçar a chapa" — ou seja, a disputar o comando titular do Palácio do Buriti.
"Acredito que vamos ter que estabelecer critérios que apontem quem será o cabeça de chapa, mas não vejo dificuldades [na tomada dessa decisão]. Todo mundo tem maturidade política suficiente para entender que não estamos tratando de um projeto pessoal, estamos falando do projeto de uma cidade e de um país", afirmou Sigmaringa ao g1.
Ricardo Cappelli é pré-candidato ao GDF pelo PSB
GloboNews
Ao g1, Leandro Grass e Ricardo Cappelli reafirmam o desejo e a capacidade de governar a capital do país.
"A unidade do campo progressista é desejável e confio muito que ela vai acontecer. Eu defendo a formação de uma chapa ampla e nós precisamos de uma frente ampla para enfrentar o autoritarismo, a arrogância e a falta de compromisso [do atual governo do DF]", afirmou Cappelli.
Leandro Grass
Reprodução
Grass, que já foi candidato ao GDF em 2022, também defende a união das áreas progressistas da capital.
"A questão do palanque único é muito importante visando o apoio nacional e as eleições presidenciais. A nossa grande tarefa para 2026 é unificar todo mundo e dar um palanque forte para o presidente Lula em Brasília", declarou Leandro Grass.
No plano federal...
Inseridas no mesmo espectro político, as duas legendas são aliadas e possuem uma aliança que se intensificou em 2022, durante as eleições presidenciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se juntou a Geraldo Alckmin (PSB) em uma chapa única para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, durante a Convenção do PSB 40 em Brasília (DF), nesta sexta-feira (29), para confirmar Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa Lula.
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Atualmente o PT integra a Federação Brasil da Esperança, formado pelo Partido Verde (PV) e PCdoB. Na época em que foi formado, o PSB chegou a participar de reuniões para integrar o grupo, mas optou por ficar de fora.
Nos últimos anos, o PT voltou a discutir a inclusão do PSB na federação do partido, mas a ideia não foi levada adiante.
➡️ Mesmo fora da federação, PT e PSB foram aliados em 15 estados nas eleições de 2022.
Vice-governadora Celina Leão (PP)
TV Globo/Reprodução
Direita unida no DF
Enquanto a esquerda ainda se articula no DF, os partidos de direita e centro-direita demonstram, pelo menos até aqui, um consenso mais claro.
O MDB de Ibaneis Rocha e o Republicanos já manifestaram apoio à candidatura de Celina Leão (PP), atual vice-governadora do Distrito Federal.
Chegando ao fim do seu segundo mandato, Ibaneis Rocha não pode mais concorrer ao GDF
Renato Alves/Agência Brasília
Celina já anunciou que é pré-candidata ao GDF e deu detalhes da possível chapa para o pleito – com Gustavo Rocha (Republicanos), atual chefe da Casa Civil, como vice para a disputa.
O g1 apurou ainda que o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai apoiar a chapa formada por Celina e Gustavo Rocha.
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